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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Para pensar em economia

Vivemos hoje apoiados em valores mensuráveis. Tudo o que pode ser medido usando medidas pré-estabelecidas é atribuído um valor (1 real, 30km, 4g, 4N), o que não pode ser avaliado de modo quantitativo é exterioridade.
Uma casa, um automóvel, uma empresa, são avaliados para compra ou venda de modo quantitativo, contando a quantidade de dinheiro utilizada para investir no bem, nos benefícios que o bem trará para a pessoa que o adquirir.
O mais importante é deixado de lado, o valor pessoal. Não avaliamos os momentos bons os assuntos tratados naquele local, as risadas, os choros, o tapete que seu grande amigo lhe deu para que desse sorte...Essas coisas. Coisas importantes, mas que a próxima pessoa, prestes a adquirir seu bem, não dará o menor valor.
O qualitativo, as emoções dos outros não fazem parte da nossa vida. Acho que por isso está tão difícil convencer as pessoas de que precisam cuidar do seu ambiente, do meio em que vivem.

A consciência existe, todos sabemos o que é o correto a fazer. O que acontece é que o lucro imediato vem antes da qualidade de vida. Podemos ter como exemplo uma situação cotidiana, por várias vezes vemos, na rua, pessoas jogando lixo no chão e quando são abordadas e chamadas a atenção respondem que existem pessoas que são pagas para limpar aquilo e que, portanto, estão gerando emprego. Além do mais porque haveriam de ficar carregando aquele lixo?
Lucro imediato, se livrar do que está lhe incomodando, obviamente sem se incomodar se outro transeunte vai gostar de se deparar com aquele lixo ou não. O incômodo dele foi solucionado. Além disso acredita estar fazendo uma boa ação, gerando empregos.
Se não houvesse tantos lixo nas ruas será que não poderia ser trocado o emprego de varredor de rua por algum outro, como jardineiro? Sim pois se a pessoa se sente incomodada em carregar por alguns instantes “seu lixo”, imagina a situação de quem vive juntando o “lixo dos outros”, não deve ser tão agradável quanto cuidar dos jardins da cidade.
Mas aí o lucro imediato seria banido. O prazer de se livrar do lixo é unitário, só dela. Mas o de apreciar uma cidade mais bonita e de seus filhos brincarem e se lembrarem da cidade linda em que viveram, que seus pais ajudavam para que ele vivesse neste local assim, isso é coisa pra depois. Os outros para depois, mesmo que depois a própria pessoa ganhe com isso. Demora muito, não é imediato.

Felizmente esta mentalidade de individualidade está sendo considerada coisa de gente retrógrada. E é também por sorte, que ter uma mente fechada e retrógrada está fora de moda. As coisas estão mudando, ou as pessoas aceitam e se adequam aos novos padrões de respeito mútuo, ou vão ficar excluídas, assim como aqueles que protegiam o meio ambiente (no passado) eram excluídos das comunidades científicas.

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