Na onda dos prédios ecológicos e de design sustentável, a empresa Skidmore, Owings & Merrill LLP (SOM) projetou o que os arquitetos consideraram o arranha-céu mais eficiente energicamente em todo o mundo.
Isso seria devido a sua forma estrutural única.
SOM e seu cliente CNTC Guangdong Tobacco Corporation comemorou no dia 28 deste mês o término da cobertura do prédio, que foi nomeado de Pearl River Tower e se situa em Guangzhou, na China. Com setenta e um andares, o arranha-céu deverá estar concluído ainda este ano.
Os 2,3 milhões de pés quadrados da torre também têm as mais recentes tecnologias sustentáveis e os avanços da engenharia. O projeto integra sistemas estruturais em aço e concreto estrutural para suportar a forma curva do edifício, bem como o vento que bate na torre. De acordo com a firma SOM, uma inovação estrutural foi integrada às turbinas eólicas. Estas turbinas, que são alimentadas a partir de aberturas da fachada, são suportadas em lajes existentes nas zonas de abertura e apoiados lateralmente contra o andar de cima.
A Pearl River Tower incorpora muitos elementos de design sustentável que têm sido usados individualmente em edifícios em todo o mundo, mas não é aplicada em conjunto em uma única estrutura, de acordo com Skidmore, Owings & Merrill LLP.
"Soluções de engenharia estrutural devem ser integradas aos projetos arquitetônicos e de engenharia sustentável, de modo que eles sejam inseparáveis", disse Bill Baker, SOM parceiro de engenharia estrutural. "É a colaboração entre nossa engenharia estrutural, arquitetura e práticas de engenharia sustentável que permitem uma construção como o Pearl River Tower se torne realidade."
Embora muitos desses atributos sustentáveis tenham sido incorporados individualmente em arranha-céus ao redor do mundo, o projeto Pearl River Tower representa a primeira vez que eles são usados coletivamente. O design sustentável e recursos de engenharia incluem painéis solares, paredes de dupla cortina de pele e sistema de teto refrigerado.
SOM não disse se o edifício Pearl River Tower estaria buscando a certificação de qualquer um dos sistemas de classificação de prédios sustentáveis, como Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) ou BREEAM: the Environmental Assessment Method for Buildings Around The World.
Imagens: Google Imagens
Artigo de Lara Nunes em: http: www.portaldoarquiteto.com
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terça-feira, 21 de setembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
GREEN BUILD (CONSTRUÇÃO VERDE)
A seguinte matéria foi publicada por Maria Lucia Capella Botana na página do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Arquitetura (IBDA) e realmente achei que divulga suas palavras seria uma necessidade para quem busca mais conhecimento sobre o GREN BUILD ou CONSTRUÇÃO VERDE.
Sem dúvida, a implementação dos conceitos do green building no país seria agilizada se partisse da esfera governamental, nas licitações das suas próprias construções e adaptada às peculiaridades regionais. Porque a questão não envolve apenas a construção de edifícios altamente eficientes, mas todo o ambiente à sua volta de forma a solucionar problemas sociais e de infra-estrutura, integrando toda a cadeia de construbusiness e mantendo a competitividade econômica.
O conceito de construção verde não está associado apenas à preservação do meio ambiente, por isso muitos preferem o termo “construção sustentada”, que é mais condizente com a proposta que prevê o desenvolvimento econômico, o social e o respeito ao meio ambiente. Para países em desenvolvimento como o Brasil, equilibrar esses três pontos é fundamental para garantir um crescimento econômico sólido ao mesmo tempo que importantes questões de infra-estrutura, por exemplo, são resolvidas como parte integrante do processo.
Segundo Newton do Amaral Figueiredo, presidente da Sustentax Engenharia Ambiental, empresa brasileira de consultoria para green building, os empreendimentos sustentáveis devem proporcionar “retorno para seus investidores e proprietários e menores custos, melhor saúde, conforto e produtividade para os seus ocupantes, além de se inserirem de forma harmoniosa com o meio ambiente e com a comunidade em torno da sua área de influência”. E acrescenta exemplificando que, mesmo que uma construção tenha sido erguida dentro de padrões ecologicamente corretos, apresentando altos índices de economia de energia, materiais reciclados, etc., ela não será considerada sustentável se na comunidade em que está inserida o esgoto corre a céu aberto, crianças estão sendo mordidas por ratos.
Rochaverá Corporate Towers, São Paulo, maior complexo de escritórios de alto padrão construído sob critérios Green Building.
Mas foram as grandes corporações que saíram à frente. Empresas com operações em vários lugares do mundo e de diferentes setores como o Bank of America, IBM, Toyota, Wal-Mart, entre outros estão unindo útil ao agradável. Os Estados Unidos e a Europa apresentam mais de 700 projetos em andamento para certificação verde. E mais de 2 mil prédios verdes estão sendo construídos atualmente em território americano.
No Brasil, a agência do ABN Amro Real da Granja Viana, em São Paulo, pode ser o primeiro empreendimento a receber a certificação green building concedida às empresas que adotaram os critérios de sustentabilidade ambiental do LEED – sigla em inglês para Liderança em Energia e Design Ambiental –, o selo mais difundido e reconhecido internacionalmente por ser orientado para o mercado sem perder de vista a responsabilidade ambiental. Foi criado pelo U.S Green Building Council (USGBC), um conselho aberto e voluntário de nível mundial que congrega lideranças de vários setores da indústria da construção, hoje em torno de 8.500 profissionais .
Artigo retirado do site: http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=23&Cod=156
Sem dúvida, a implementação dos conceitos do green building no país seria agilizada se partisse da esfera governamental, nas licitações das suas próprias construções e adaptada às peculiaridades regionais. Porque a questão não envolve apenas a construção de edifícios altamente eficientes, mas todo o ambiente à sua volta de forma a solucionar problemas sociais e de infra-estrutura, integrando toda a cadeia de construbusiness e mantendo a competitividade econômica.
O conceito de construção verde não está associado apenas à preservação do meio ambiente, por isso muitos preferem o termo “construção sustentada”, que é mais condizente com a proposta que prevê o desenvolvimento econômico, o social e o respeito ao meio ambiente. Para países em desenvolvimento como o Brasil, equilibrar esses três pontos é fundamental para garantir um crescimento econômico sólido ao mesmo tempo que importantes questões de infra-estrutura, por exemplo, são resolvidas como parte integrante do processo.
Segundo Newton do Amaral Figueiredo, presidente da Sustentax Engenharia Ambiental, empresa brasileira de consultoria para green building, os empreendimentos sustentáveis devem proporcionar “retorno para seus investidores e proprietários e menores custos, melhor saúde, conforto e produtividade para os seus ocupantes, além de se inserirem de forma harmoniosa com o meio ambiente e com a comunidade em torno da sua área de influência”. E acrescenta exemplificando que, mesmo que uma construção tenha sido erguida dentro de padrões ecologicamente corretos, apresentando altos índices de economia de energia, materiais reciclados, etc., ela não será considerada sustentável se na comunidade em que está inserida o esgoto corre a céu aberto, crianças estão sendo mordidas por ratos.
Rochaverá Corporate Towers, São Paulo, maior complexo de escritórios de alto padrão construído sob critérios Green Building.
Mas foram as grandes corporações que saíram à frente. Empresas com operações em vários lugares do mundo e de diferentes setores como o Bank of America, IBM, Toyota, Wal-Mart, entre outros estão unindo útil ao agradável. Os Estados Unidos e a Europa apresentam mais de 700 projetos em andamento para certificação verde. E mais de 2 mil prédios verdes estão sendo construídos atualmente em território americano.
No Brasil, a agência do ABN Amro Real da Granja Viana, em São Paulo, pode ser o primeiro empreendimento a receber a certificação green building concedida às empresas que adotaram os critérios de sustentabilidade ambiental do LEED – sigla em inglês para Liderança em Energia e Design Ambiental –, o selo mais difundido e reconhecido internacionalmente por ser orientado para o mercado sem perder de vista a responsabilidade ambiental. Foi criado pelo U.S Green Building Council (USGBC), um conselho aberto e voluntário de nível mundial que congrega lideranças de vários setores da indústria da construção, hoje em torno de 8.500 profissionais .
Artigo retirado do site: http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=23&Cod=156
sábado, 28 de agosto de 2010
Para pensar melhor sobre o assunto
Este artigo é um pouco extenso, mas vale a pena ler e comentar.
Segundo o Instituto Socioambietal (ISA):
Água doce e limpa: de "dádiva" à raridade
Estudiosos prevêem que em breve a água será causa principal de conflitos entre nações. Há sinais dessa tensão em áreas do planeta como Oriente Médio e África. Mas também os brasileiros, que sempre se consideraram dotados de fontes inesgotáveis, vêem algumas de suas cidades sofrerem falta de água. A distribuição desigual é causa maior de problemas. Entre os países, o Brasil é privilegiado com 12% da água doce superficial no mundo.
Outro foco de dificuldades é a distância entre fontes e centros consumidores. É o caso da Califórnia (EUA), que depende para abastecimento até de neve derretida no distante Colorado. E também é o caso da cidade de São Paulo, que, embora nascida na confluência de vários rios, viu a poluição tornar imprestáveis para consumo as fontes próximas e tem de captar água de bacias distantes, alterando cursos de rios e a distribuição natural da água na região. Na última década, a quantidade de água distribuída aos brasileiros cresceu 30%, mas quase dobrou a proporção de água sem tratamento (de 3,9% para 7,2%) e o desperdício ainda assusta: 45% de toda a água ofertada pelos sistemas públicos.
Disponibilidade e distribuição
Embora o Brasil seja o primeiro país em disponibilidade hídrica em rios do mundo, a poluição e o uso inadequado comprometem esse recurso em várias regiões do País.
O Brasil concentra em torno de 12% da água doce do mundo disponível em rios e abriga o maior rio em extensão e volume do Planeta, o Amazonas. Além disso, mais de 90% do território brasileiro recebe chuvas abundantes durante o ano e as condições climáticas e geológicas propiciam a formação de uma extensa e densa rede de rios, com exceção do Semi-Árido, onde os rios são pobres e temporários. Essa água, no entanto, é distribuída de forma irregular, apesar da abundância em termos gerais. A Amazônia, onde estão as mais baixas concentrações populacionais, possui 78% da água superficial. Enquanto isso, no Sudeste, essa relação se inverte: a maior concentração populacional do País tem disponível 6% do total da água.
Mesmo na área de incidência do Semi-Árido (10% do território brasileiro; quase metade dos estados do Nordeste), não existe uma região homogênea. Há diversos pontos onde a água é permanente, indicando que existem opções para solucionar problemas socioambientais atribuídos à seca.
Qualidade comprometida
A água limpa está cada vez mais rara na Zona Costeira e a água de beber cada vez mais cara. Essa situação resulta da forma como a água disponível vem sendo usada: com desperdício - que chega entre 50% e 70% nas cidades -, e sem muitos cuidados com a qualidade. Assim, parte da água no Brasil já perdeu a característica de recurso natural renovável (principalmente nas áreas densamente povoadas), em razão de processos de urbanização, industrialização e produção agrícola, que são incentivados, mas pouco estruturados em termos de preservação ambiental e da água.
Nas cidades, os problemas de abastecimento estão diretamente relacionados ao crescimento da demanda, ao desperdício e à urbanização descontrolada – que atinge regiões de mananciais. Na zona rural, os recursos hídricos também são explorados de forma irregular, além de parte da vegetação protetora da bacia (mata ciliar) ser destruída para a realização de atividades como agricultura e pecuária. Não raramente, os agrotóxicos e dejetos utilizados nessas atividades também acabam por poluir a água. A baixa eficiência das empresas de abastecimento se associa ao quadro de poluição: as perdas na rede de distribuição por roubos e vazamentos atingem entre 40% e 60%, além de 64% das empresas não coletarem o esgoto gerado. O saneamento básico não é implementado de forma adequada, já que 90% dos esgotos domésticos e 70% dos afluentes industriais são jogados sem tratamento nos rios, açudes e águas litorâneas, o que tem gerado um nível de degradação nunca imaginado.
(http://www.socioambiental.org/esp/agua/pgn/)
Resumindo:
Temos água pra caramba;
Os outros não têm água pra caramba;
A agua que temos está sendo usada de maneira não inteligente;
Os outros não têm água para poderem usar de forma não inteligente;
A água é um bem universal.
Ok! Vamos organizar os pensamentos então: exemplificando...
Se você vê alguém no meio da rua tirado dinheiro da carteira e rasgando, logo pensa que louco...
e cedo ou tarde para de prestar atenção e continua seu caminho. Mas ao parar você percebe que a carteira é igual a sua. Então procura freneticamente onde você colocou-a.
ESPERA!!! É A SUA CARTEIRA!!!
E agora qual seria sua reação? Avançar na pessoa sem dó nem piedade não é?
Pois é...o que acontecerá conosco se continuarmos a desperdiçar como andamos fazendo? A água não é só nossa e um hora todos irão perceber isso. O que acontecerá aqui no Brasil? O que aconteceu quando o petróleo começou a faltar efetivamente?
Não seria hora de começarmos a pensar bem sério sobre o assunto?
Declaração Universal dos Direitos Humanos, de que todos os habitantes deste planeta têm direito a uma vida digna e saudável, o que inclui o acesso à água limpa.
Segundo o Instituto Socioambietal (ISA):
Água doce e limpa: de "dádiva" à raridade
Estudiosos prevêem que em breve a água será causa principal de conflitos entre nações. Há sinais dessa tensão em áreas do planeta como Oriente Médio e África. Mas também os brasileiros, que sempre se consideraram dotados de fontes inesgotáveis, vêem algumas de suas cidades sofrerem falta de água. A distribuição desigual é causa maior de problemas. Entre os países, o Brasil é privilegiado com 12% da água doce superficial no mundo.
Outro foco de dificuldades é a distância entre fontes e centros consumidores. É o caso da Califórnia (EUA), que depende para abastecimento até de neve derretida no distante Colorado. E também é o caso da cidade de São Paulo, que, embora nascida na confluência de vários rios, viu a poluição tornar imprestáveis para consumo as fontes próximas e tem de captar água de bacias distantes, alterando cursos de rios e a distribuição natural da água na região. Na última década, a quantidade de água distribuída aos brasileiros cresceu 30%, mas quase dobrou a proporção de água sem tratamento (de 3,9% para 7,2%) e o desperdício ainda assusta: 45% de toda a água ofertada pelos sistemas públicos.
Disponibilidade e distribuição
Embora o Brasil seja o primeiro país em disponibilidade hídrica em rios do mundo, a poluição e o uso inadequado comprometem esse recurso em várias regiões do País.
O Brasil concentra em torno de 12% da água doce do mundo disponível em rios e abriga o maior rio em extensão e volume do Planeta, o Amazonas. Além disso, mais de 90% do território brasileiro recebe chuvas abundantes durante o ano e as condições climáticas e geológicas propiciam a formação de uma extensa e densa rede de rios, com exceção do Semi-Árido, onde os rios são pobres e temporários. Essa água, no entanto, é distribuída de forma irregular, apesar da abundância em termos gerais. A Amazônia, onde estão as mais baixas concentrações populacionais, possui 78% da água superficial. Enquanto isso, no Sudeste, essa relação se inverte: a maior concentração populacional do País tem disponível 6% do total da água.
Mesmo na área de incidência do Semi-Árido (10% do território brasileiro; quase metade dos estados do Nordeste), não existe uma região homogênea. Há diversos pontos onde a água é permanente, indicando que existem opções para solucionar problemas socioambientais atribuídos à seca.
Qualidade comprometida
A água limpa está cada vez mais rara na Zona Costeira e a água de beber cada vez mais cara. Essa situação resulta da forma como a água disponível vem sendo usada: com desperdício - que chega entre 50% e 70% nas cidades -, e sem muitos cuidados com a qualidade. Assim, parte da água no Brasil já perdeu a característica de recurso natural renovável (principalmente nas áreas densamente povoadas), em razão de processos de urbanização, industrialização e produção agrícola, que são incentivados, mas pouco estruturados em termos de preservação ambiental e da água.
Nas cidades, os problemas de abastecimento estão diretamente relacionados ao crescimento da demanda, ao desperdício e à urbanização descontrolada – que atinge regiões de mananciais. Na zona rural, os recursos hídricos também são explorados de forma irregular, além de parte da vegetação protetora da bacia (mata ciliar) ser destruída para a realização de atividades como agricultura e pecuária. Não raramente, os agrotóxicos e dejetos utilizados nessas atividades também acabam por poluir a água. A baixa eficiência das empresas de abastecimento se associa ao quadro de poluição: as perdas na rede de distribuição por roubos e vazamentos atingem entre 40% e 60%, além de 64% das empresas não coletarem o esgoto gerado. O saneamento básico não é implementado de forma adequada, já que 90% dos esgotos domésticos e 70% dos afluentes industriais são jogados sem tratamento nos rios, açudes e águas litorâneas, o que tem gerado um nível de degradação nunca imaginado.
(http://www.socioambiental.org/esp/agua/pgn/)
Resumindo:
Temos água pra caramba;
Os outros não têm água pra caramba;
A agua que temos está sendo usada de maneira não inteligente;
Os outros não têm água para poderem usar de forma não inteligente;
A água é um bem universal.
Ok! Vamos organizar os pensamentos então: exemplificando...
Se você vê alguém no meio da rua tirado dinheiro da carteira e rasgando, logo pensa que louco...
e cedo ou tarde para de prestar atenção e continua seu caminho. Mas ao parar você percebe que a carteira é igual a sua. Então procura freneticamente onde você colocou-a.
ESPERA!!! É A SUA CARTEIRA!!!
E agora qual seria sua reação? Avançar na pessoa sem dó nem piedade não é?
Pois é...o que acontecerá conosco se continuarmos a desperdiçar como andamos fazendo? A água não é só nossa e um hora todos irão perceber isso. O que acontecerá aqui no Brasil? O que aconteceu quando o petróleo começou a faltar efetivamente?
Não seria hora de começarmos a pensar bem sério sobre o assunto?
Cimento Eológico
Produto tem nível de CO2 reduzido em sua fórmula, causando menos impactos no meio ambiente.
Qual obra não utiliza cimento? O problema é que essa indústria responde por quase 5% das emissões mundiais de gás carbônico. Isso ocorre porque o processo de produção de cada tonelada de clínquer (seu principal componente) libera na atmosfera a mesma quantidade de CO2. A saída para combater tamanho impacto no aquecimento global é reduzir a porcentagem desse ingrediente na fórmula. Isso já acontece com o CPIII, tipo de cimento que substitui parte do clínquer por escórias de siderúrgicas, material nobre que sobra da fusão de minério de ferro, coque e calcário.
Disponível principalmente na região Sudeste, onde estão os fabricantes de aço, o produto reaproveita 70% do resíduo gerado pelas siderúrgicas. "Além dessas vantagens ambientais, o CPIII tem maior durabilidade e é mais barato do que os demais", afirma a arquiteta Flávia Malacarne, gerente de qualidade em sustentabilidade da Sustentax, consultoria em greenbuilding.
DA INDÚSTRIA PARA A SUA OBRA
Arnaldo Forti Battagin, chefe dos laboratórios da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), dá algumas dicas para quem quer utilizar o cimento "verde".
Quais as aplicações mais indicadas para o CPIII?
É um cimento de uso geral, compatível com todas as etapas da obra. Mas pouca gente sabe que ele é mais resistente, estável e impermeável em relação ao cimento comum, pois seu processo de hidratação ocorre mais lentamente. E, como demora mais para curar, o CPIII previne fissuras térmicas. Tais características o tornam ideal para fundações, lajes e pilares.
O CPIII exige algum cuidado especial?
Sim. Para preservar suas qualidades, a cura, ou secagem, deve ser feita com mais água e acompanhada com atenção.
Quem fabrica?
O CPIII existe no Brasil desde 1952, mas, até pouco tempo atrás, era alvo de preconceito dos construtores por conter resíduos industriais. No entanto, suas vantagens ambientais vêm mudando esse quadro e hoje ele já representa mais de 17% do consumo de cimento no Brasil. Na região Sudeste, as principais cimenteiras fabricam o produto: Votorantim, Holcim, Camargo Corrêa, Lafarge e João Santos. Vale lembrar que no Sul os grandes fabricantes produzem o cimento pozolânico (CPIV), que emprega resíduos das termoelétricas e tem desempenho semelhante ao do CPIII.
Por Giuliana Capello
Revista Arquitetura & Construção - 02/2008
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Certificação Aqua lança casa popular sustentável de até R$40 mil.
A consultoria Inovatech, a Fundação Vanzolini e a rede de depósitos de materiais de construção Leroy Merlin apresentaram, durante a feira Ambiental Expo, em São Paulo, o novo projeto da Casa Aqua, de 40 metros quadrados, com valor de até R$40 mil visando abrir mercado para casas populares que reduzam o impacto ao meio ambiente.
"Em 2009, a casa era muito mais conceitual, o seu propósito era o de apresentar os conceitos da certificação Aqua para as pessoas", explicou Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech. "Como as pessoas já conhecem esses conceitos, pudemos trabalhar em um projeto acessível, em que as pessoas pudessem olhar para a casa e pensar: eu poderia morar aqui."
O projeto é de uma casa térrea cujo o custo varia entre R$900 a R$1000. A principal característica da casa, no entanto, é que ela pode ser inteiramente adaptada aos climas locais, uma maleabilidade da certificação Aqua que orientou o prjeto.
Ferreira disse que itens que são necessários para obras no sul e sudeste, como um sistema de captação da água de chuva não são necessários no nordeste, onde não chove tanto.
"No nordeste, talvez seja muito mais eficiente construir um açude no bairro do que cisternas isoladas em cada casa," concluiu.
Para Ferreira, a decisão de projetar a casa está alinhada com eztatégia de aumentar a demanda por construções dita verdes por meio de ações de conscientização dos consumidores e, neste caso, até de governos financiando projetos habitações de interesse social.
"Precisamos mostrar às pessoas que uma construção sustentável pode trazer benefícios financeiros, reduzindo os valores das contas de água e energia", afirmou Ferreira. "Esse dinheiro pode ser usado para ajudar a pagar outras contas, por exemplo."
Segundo estimativas do diretor da Inovatech, uma família de quatro pessoas gasta R$300 em contas de água e energia em uma cosntrução convencional, poder reduzir esta despesa em 50% por causa da eficiência energética e itens como reaproveitamento de água.
"No final do ano terá economizado R$1800," calculou.
Ferreira sugeriu um cálculo que pode até viabilizar o financiamento de 20 anos, pois, no final desse período, a família terá economizado R$36 mil em contas de luz e água, dinheiro que poderia ser usado para cobrir parte das prestações.
COSTA, Fernanda Dalla. Certificação Aqua lança casa popular sustentável de até R$40 mil. in: Revista Sustentabilidade. Editora Vespa, abr., 2010. Disponível em: http://www.revistasustentabilidade.com.br/construcao-verde/Certificacao-Aqua-lanca-casa-popular-de-ate-R%2440-mil
"Em 2009, a casa era muito mais conceitual, o seu propósito era o de apresentar os conceitos da certificação Aqua para as pessoas", explicou Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech. "Como as pessoas já conhecem esses conceitos, pudemos trabalhar em um projeto acessível, em que as pessoas pudessem olhar para a casa e pensar: eu poderia morar aqui."
O projeto é de uma casa térrea cujo o custo varia entre R$900 a R$1000. A principal característica da casa, no entanto, é que ela pode ser inteiramente adaptada aos climas locais, uma maleabilidade da certificação Aqua que orientou o prjeto.
Ferreira disse que itens que são necessários para obras no sul e sudeste, como um sistema de captação da água de chuva não são necessários no nordeste, onde não chove tanto.
"No nordeste, talvez seja muito mais eficiente construir um açude no bairro do que cisternas isoladas em cada casa," concluiu.
Para Ferreira, a decisão de projetar a casa está alinhada com eztatégia de aumentar a demanda por construções dita verdes por meio de ações de conscientização dos consumidores e, neste caso, até de governos financiando projetos habitações de interesse social.
"Precisamos mostrar às pessoas que uma construção sustentável pode trazer benefícios financeiros, reduzindo os valores das contas de água e energia", afirmou Ferreira. "Esse dinheiro pode ser usado para ajudar a pagar outras contas, por exemplo."
Segundo estimativas do diretor da Inovatech, uma família de quatro pessoas gasta R$300 em contas de água e energia em uma cosntrução convencional, poder reduzir esta despesa em 50% por causa da eficiência energética e itens como reaproveitamento de água.
"No final do ano terá economizado R$1800," calculou.
Ferreira sugeriu um cálculo que pode até viabilizar o financiamento de 20 anos, pois, no final desse período, a família terá economizado R$36 mil em contas de luz e água, dinheiro que poderia ser usado para cobrir parte das prestações.
COSTA, Fernanda Dalla. Certificação Aqua lança casa popular sustentável de até R$40 mil. in: Revista Sustentabilidade. Editora Vespa, abr., 2010. Disponível em: http://www.revistasustentabilidade.com.br/construcao-verde/Certificacao-Aqua-lanca-casa-popular-de-ate-R%2440-mil
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CDHU-SP busca sustentabilidade e acessibilidade para futuros projetos
CDHU-SP busca sustentabilidade e acessibilidade para futuros projetos
A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) do estado de São Paulo quer incluir conceitos de respeito ao meio ambiente, aos idosos e deficientes nas novas casas, apartamentos e prédios de habitação popular a partir de 2011 por meio de um concurso em parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-SP).
As inscrições para o concurso já estão abertas e se encerram em julho, premiando até R$50 mil pelos projetos vencedores.
Segundo a coordenadora do concurso no IAB-SP, Liane Makowski, é o primeiro concursos de tipologia que a CDHU abre em mais de uma década que, por meio de negociação com a entidade, assumiu caráter de licitação.
"Diferentemente do último concurso tivemos o compromisso de que as tipologias que ganharem serão aplicadas nos projetos," disse em entrevista à Revista Sustentabilidade.
Por ter caráter mais formal, os trabalhos entregues terão que conter bastante detalhes técnicos como memorial descritiva e estimativas de custos que sejam acessíveis para o público de baixa renda atendido pela CDHU. Entre as tecnologias que porvavelmente serão adotadas estão aquecimento solar, sistemas de reuso de água da chuva, ale deuso de materiais e técnicas de construção que visam eficiência no uso de recursos naturais, durabilidade e baixo custo na manutenção dos edifícios.
Para Makowski, o concurso é uma oportunidade de resgatar ensinamentos básicos sobre conforto ambiental e técnicas de construção usando ventilação e iluminação naturais que são ignorados pelo mercado quando o arquiteto começa a atuar profissionalmente.
"Muitas vezes o arquiteto não consegue convencer o cliente o a construtora das vantagens destes conceitos", lembrou.
Na questão da acessibilidade, os projetos terão de incorporar técnicas e tecnologias que possam facilitar acesso a portadores de deficiência, idosos e até crianças, como rampas, portas e corredores mais largos
Além disso, é uma oportunidade de, num segundo momento, mudar conceitos urbanísticos até agora utilizados pelas empresas públicas de habitação que sempre priorizaram custos mais baixos possíveis e acabaram por localizar os conjuntos habitacionais em regiões periférica sem a mínima estrutura urbana.
"Já se inicia um debate sobre como vamos implantar levando em conta o transporte público, sistema viário e percebendo que esta população é o principal cliente dos serviços públicos," disse.
O Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) também participa do concurso.
SPATUZZA, Alexandre. CDHU-SP busca sustentabilidade e acessibilidade para futuros projetos. in: Revista Sustentabilidade. Editora Vespa, maio, 2010. Disponível em: http://www.revistasustentabilidade.com.br/construcao-verde/cdhu-sp-busca-sustentabilidade-e-acessibilidade-para-futuros-projetos
A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) do estado de São Paulo quer incluir conceitos de respeito ao meio ambiente, aos idosos e deficientes nas novas casas, apartamentos e prédios de habitação popular a partir de 2011 por meio de um concurso em parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-SP).
As inscrições para o concurso já estão abertas e se encerram em julho, premiando até R$50 mil pelos projetos vencedores.
Segundo a coordenadora do concurso no IAB-SP, Liane Makowski, é o primeiro concursos de tipologia que a CDHU abre em mais de uma década que, por meio de negociação com a entidade, assumiu caráter de licitação.
"Diferentemente do último concurso tivemos o compromisso de que as tipologias que ganharem serão aplicadas nos projetos," disse em entrevista à Revista Sustentabilidade.
Por ter caráter mais formal, os trabalhos entregues terão que conter bastante detalhes técnicos como memorial descritiva e estimativas de custos que sejam acessíveis para o público de baixa renda atendido pela CDHU. Entre as tecnologias que porvavelmente serão adotadas estão aquecimento solar, sistemas de reuso de água da chuva, ale deuso de materiais e técnicas de construção que visam eficiência no uso de recursos naturais, durabilidade e baixo custo na manutenção dos edifícios.
Para Makowski, o concurso é uma oportunidade de resgatar ensinamentos básicos sobre conforto ambiental e técnicas de construção usando ventilação e iluminação naturais que são ignorados pelo mercado quando o arquiteto começa a atuar profissionalmente.
"Muitas vezes o arquiteto não consegue convencer o cliente o a construtora das vantagens destes conceitos", lembrou.
Na questão da acessibilidade, os projetos terão de incorporar técnicas e tecnologias que possam facilitar acesso a portadores de deficiência, idosos e até crianças, como rampas, portas e corredores mais largos
Além disso, é uma oportunidade de, num segundo momento, mudar conceitos urbanísticos até agora utilizados pelas empresas públicas de habitação que sempre priorizaram custos mais baixos possíveis e acabaram por localizar os conjuntos habitacionais em regiões periférica sem a mínima estrutura urbana.
"Já se inicia um debate sobre como vamos implantar levando em conta o transporte público, sistema viário e percebendo que esta população é o principal cliente dos serviços públicos," disse.
O Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) também participa do concurso.
SPATUZZA, Alexandre. CDHU-SP busca sustentabilidade e acessibilidade para futuros projetos. in: Revista Sustentabilidade. Editora Vespa, maio, 2010. Disponível em: http://www.revistasustentabilidade.com.br/construcao-verde/cdhu-sp-busca-sustentabilidade-e-acessibilidade-para-futuros-projetos
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terça-feira, 8 de junho de 2010
Arquitetura Bioclimática
A Arquitetura Bioclimática é o estudo que busca a harmonização das construções ao clima e características locais. Manipula o desenho e elementos arquitetônicos afim de otimizar as relações entre homem e natureza, tanto no que diz respeito à redução de impactos ambientais quanto à melhoria das condições de vida humana, conforto e racionalização do consumo energético. Esse tipo de Arquitetura utiliza fontes alternativas de energia, e é de alta eficiência energética, porque economiza e conserva a energia que capta, transforma ou produz em seu interior, reduzindo, assim, o consumo energético.
No aspecto energético, a economia de energia proporcionada pela utilização de um projeto de Arquitetura Bioclimática se dá pelos mecanismos existentes dentro desta prática, que aproveitam fontes naturais de energia. Esses mecanismos têm como metas o aumento da recepção da luminosidade e do calor, utilização dos ventos para ventilação natural e até geração de energia, e também, a criação e melhoria de equipamentos e sistemas necessários ao uso da edificação que proporcionem captação, acumulação e aproveitamento dessas energias naturais.
A utilização de técnicas como a Arquitetura Bioclimática é vantajosa em um cenário onde a diminuição do consumo energético é cada vez mais visada. Uma construção Bioclimática é eficiente na redução da energia consumida e diminui uma parcela de contribuição dos problemas ambientais. Tendo uma harmonia com a natureza, recorre a ela para resolver parte de suas necessidades, podendo dar uma economia energética total de 50% a 80% em relação a um projeto não Bioclimático.
Existem idéias que utilizam os conceitos da Arquitetura Bioclimática para o desenvolvimento de projetos de habitação sustentável. O projeto Ecohouse Urca visa mostrar a viabilidade de idéias como essa. Aquecimento solar de água, aproveitamento da luminosidade natural e uso mais racional da iluminação artificial, além da ventilação natural e proteção térmica das fachadas e telhados estão entre os conceitos utilizados pelas arquitetas Alexandra Lichtenberg e Maria Fernanda da Silveira, responsáveis pelo projeto. Por saber que edificações urbanas, como temos hoje, são elementos poluidores quase tão grandes quanto automóveis e fábricas danificando o meio ambiente o projeto busca aliar redução na demanda de energia elétrica e diminuição da degradação do planeta.
Referência:
SOUZA, Adonis Arantes de. Arquitetura Biocimática. Laboratório de Fon tes Alternativas de Energia - LAFAE/UFRJ. Dispovível em:http://www.dee.ufrj.br/lafae
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sustentável
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