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quarta-feira, 4 de maio de 2011

O custo de construção ecológica

ESTUDO DEFENDE A "OBRA ECOLÓGICA"



O custo de construção ecológica é 300% inferior ao que se crê no Brasil e em boa parte do resto do mundo, sustenta o Conselho Mundial Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, sigla em inglês).

A entidade, reunindo 200 multinacionais que dizem apoiar projetos de combate as mudanças climáticas, divulgou ontem pesquisa junto a 1.400 pessoas em vários países, basicamente construtores, arquitetos, engenheiros e fabricantes de material.

Entre os brasileiros, a percepção é de que a construção sustentável ou ecológica seria 22% mais cara que a construção convencional - quando na realidade a diferença seria de 5%, três vezes menor, segundo a entidade.

A exemplo da média mundial, os brasileiros responderam que a emissão de gases de efeito estufa pelo setor de construção representaria 19% do total global, quando, segundo a entidade, na verdade é o dobro, 40%.

Além disso, 82% dos brasileiros participantes disseram estar consciente sobre a importância de construção ecológica, mas apenas 27% preocupados com a questão e somente 8% já se envolveram nesse tipo de projeto.

"O mal julgamento sobre custo e benefício de construção sustentável no Brasil é preocupante porque, como no resto do mundo, acaba dificultando projetos de eficiência energética", afirmou o sueco Christian Kornevall, diretor do projeto Eficiência Energética na Construção (EEC), que vê no estudo oportunidade de estimular globalmente o conhecimento e tecnologias para "construção verde".

O conceito de construir "verde" ou de maneira sustentável inclui reduzir consumo de energia, minimizar o uso de insumos, utilizar o máximo de material renovável ou reciclável nas edificações. A combinação de tecnologia existente com design mais respeitoso do meio-ambiente pode aumentar a eficiência energética em 35%, reduzir enormemente custos de aquecimento, ventilação, uso de água quente e aumentar a durabilidade da residência, segundo os dois financiadores do estudo, a francesa Lafarge, um dos lideres globais na produção de cimento, concreto e gesso, e a americana United Technologies Corporation, com tecnologia e serviços para a indústria da construção.

O setor de construção representa 40% do uso primário de energia usada globalmente e o consumo energético na construção aumenta de maneira enorme nos países mais populosos e em rápida expansão econômica, como China e Índia. A China está construindo dois bilhões de metros quadrados por ano, equivalente a um terço da área construída no Japão. Significa que os chineses constroem o equivalente a um Japão a cada três anos.

Já a demanda de energia na construção no Brasil cresce, mas, segundo o estudo, continuará relativamente baixa em 2030 comparado as outras regiões.

De outro lado, crescem na Europa projetos estimulados pelos governos para reduzir dramaticamente o uso de energia. O primeiro-ministro britânico Gordon Brown fixou o objetivo para que toda nova residência na Inglaterra seja neutra do ponto de vista de emissões de carbono, em 2016.

Entidade quer mudar hábitos do setor no país

O Conselho Mundial Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, na sigla em inglês) desenvolve um projeto ambicioso de três anos: estimular a transformação da indústria de construção no Brasil, China, Índia, Japão, Europa e Estados Unidos.

A entidade prepara um grande evento para fevereiro no Brasil a fim de tentar engajar os empresários ao seu projeto Eficiência Energética na Construção (EEC).

A idéia é estimular a construção de prédios ecológicos ou sustentáveis, que consumam liquidamente zero de energia (só consumir o mesmo montante que o próprio prédio pode gerar), sejam neutros em emissões de carbono e ao mesmo tempo comercialmente viáveis

Isso passa pelo combate aos chamados "prédios burros", com excesso de vidros escuros nas fachadas, o que exige uso de ar condicionados para ventilar os ambientes, gastando mais energia e mais recursos.

O projeto cobre a vida inteira dos prédios, da construção a demolição. É financiado pela Lafarge e United Technologies Corporation, com participação da Cemex, DuPont, Electricité de France, Gaz de France, Kansai, Philips, Sonae e Tepco. Até agora, nenhuma empresa brasileira se dispôs a participar.

Primeiro, o projeto procurou estudar a situação nos países envolvidos. Agora vai identificar mudanças necessárias à indústria da construção, financiamento e comportamentos. A fase final, em 2009, terá um plano de ação para tentar influenciar autoridades e os envolvidos no setor.


VALOR ECONÔMICO – 28/08/07
Fonte: http://lancamentosrj.com/noticias/mercado-imobiliario/o-custo-de-construcao-ecologica.html

2 comentários:

  1. valeu isso sera o nosso tema do tcc ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

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  2. Eu sou o dono da empresa recycling-ecologic

    www.recycling-ecologic.com

    e estou tentando inovar no Brasil, estou querendo montar uma fabrica que vai revolucionar os metodos e materiais em uma construção civil, e os custos serão menores ainda, do que se dizem,
    o dificil esta sendo eu conseguir cooperação politica,
    os bancos não tem muito interesse, vou ter que usar meus recursos proprios para poder provar, algo que em outros paises uma quanja esta em uso, paises com quantidades menores de recursos reciclaveis que temos aqui, e esta dando certo, e sem dizer as pessaos não estão nem ai para os recursos naturais.

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