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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Certificação Aqua lança casa popular sustentável de até R$40 mil.

A consultoria Inovatech, a Fundação Vanzolini e a rede de depósitos de materiais de construção Leroy Merlin apresentaram, durante a feira Ambiental Expo, em São Paulo, o novo projeto da Casa Aqua, de 40 metros quadrados, com valor de até R$40 mil visando abrir mercado para casas populares que reduzam o impacto ao meio ambiente.
"Em 2009, a casa era muito mais conceitual, o seu propósito era o de apresentar os conceitos da certificação Aqua para as pessoas", explicou Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech. "Como as pessoas já conhecem esses conceitos, pudemos trabalhar em um projeto acessível, em que as pessoas pudessem olhar para a casa e pensar: eu poderia morar aqui."
O projeto é de uma casa térrea cujo o custo varia entre R$900 a R$1000. A principal característica da casa, no entanto, é que ela pode ser inteiramente adaptada aos climas locais, uma maleabilidade da certificação Aqua que orientou o prjeto.
Ferreira disse que itens que são necessários para obras no sul e sudeste, como um sistema de captação da água de chuva não são necessários no nordeste, onde não chove tanto.
"No nordeste, talvez seja muito mais eficiente construir um açude no bairro do que cisternas isoladas em cada casa," concluiu.
Para Ferreira, a decisão de projetar a casa está alinhada com eztatégia de aumentar a demanda por construções dita verdes por meio de ações de conscientização dos consumidores e, neste caso, até de governos financiando projetos habitações de interesse social.
"Precisamos mostrar às pessoas que uma construção sustentável pode trazer benefícios financeiros, reduzindo os valores das contas de água e energia", afirmou Ferreira. "Esse dinheiro pode ser usado para ajudar a pagar outras contas, por exemplo."
Segundo estimativas do diretor da Inovatech, uma família de quatro pessoas gasta R$300 em contas de água e energia em uma cosntrução convencional, poder reduzir esta despesa em 50% por causa da eficiência energética e itens como reaproveitamento de água.
"No final do ano terá economizado R$1800," calculou.
Ferreira sugeriu um cálculo que pode até viabilizar o financiamento de 20 anos, pois, no final desse período, a família terá economizado R$36 mil em contas de luz e água, dinheiro que poderia ser usado para cobrir parte das prestações.

COSTA, Fernanda Dalla. Certificação Aqua lança casa popular sustentável de até R$40 mil. in: Revista Sustentabilidade. Editora Vespa, abr., 2010. Disponível em: http://www.revistasustentabilidade.com.br/construcao-verde/Certificacao-Aqua-lanca-casa-popular-de-ate-R%2440-mil

CDHU-SP busca sustentabilidade e acessibilidade para futuros projetos

CDHU-SP busca sustentabilidade e acessibilidade para futuros projetos

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) do estado de São Paulo quer incluir conceitos de respeito ao meio ambiente, aos idosos e deficientes nas novas casas, apartamentos e prédios de habitação popular a partir de 2011 por meio de um concurso em parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-SP).
As inscrições para o concurso já estão abertas e se encerram em julho, premiando até R$50 mil pelos projetos vencedores.
Segundo a coordenadora do concurso no IAB-SP, Liane Makowski, é o primeiro concursos de tipologia que a CDHU abre em mais de uma década que, por meio de negociação com a entidade, assumiu caráter de licitação.
"Diferentemente do último concurso tivemos o compromisso de que as tipologias que ganharem serão aplicadas nos projetos," disse em entrevista à Revista Sustentabilidade.
Por ter caráter mais formal, os trabalhos entregues terão que conter bastante detalhes técnicos como memorial descritiva e estimativas de custos que sejam acessíveis para o público de baixa renda atendido pela CDHU. Entre as tecnologias que porvavelmente serão adotadas estão aquecimento solar, sistemas de reuso de água da chuva, ale deuso de materiais e técnicas de construção que visam eficiência no uso de recursos naturais, durabilidade e baixo custo na manutenção dos edifícios.
Para Makowski, o concurso é uma oportunidade de resgatar ensinamentos básicos sobre conforto ambiental e técnicas de construção usando ventilação e iluminação naturais que são ignorados pelo mercado quando o arquiteto começa a atuar profissionalmente.
"Muitas vezes o arquiteto não consegue convencer o cliente o a construtora das vantagens destes conceitos", lembrou.
Na questão da acessibilidade, os projetos terão de incorporar técnicas e tecnologias que possam facilitar acesso a portadores de deficiência, idosos e até crianças, como rampas, portas e corredores mais largos
Além disso, é uma oportunidade de, num segundo momento, mudar conceitos urbanísticos até agora utilizados pelas empresas públicas de habitação que sempre priorizaram custos mais baixos possíveis e acabaram por localizar os conjuntos habitacionais em regiões periférica sem a mínima estrutura urbana.
"Já se inicia um debate sobre como vamos implantar levando em conta o transporte público, sistema viário e percebendo que esta população é o principal cliente dos serviços públicos," disse.
O Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) também participa do concurso.

SPATUZZA, Alexandre. CDHU-SP busca sustentabilidade e acessibilidade para futuros projetos. in: Revista Sustentabilidade. Editora Vespa, maio, 2010. Disponível em: http://www.revistasustentabilidade.com.br/construcao-verde/cdhu-sp-busca-sustentabilidade-e-acessibilidade-para-futuros-projetos

terça-feira, 8 de junho de 2010

Arquitetura Bioclimática

A Arquitetura Bioclimática é o estudo que busca a harmonização das construções ao clima e características locais. Manipula o desenho e elementos arquitetônicos afim de otimizar as relações entre homem e natureza, tanto no que diz respeito à redução de impactos ambientais quanto à melhoria das condições de vida humana, conforto e racionalização do consumo energético. Esse tipo de Arquitetura utiliza fontes alternativas de energia, e é de alta eficiência energética, porque economiza e conserva a energia que capta, transforma ou produz em seu interior, reduzindo, assim, o consumo energético.
No aspecto energético, a economia de energia proporcionada pela utilização de um projeto de Arquitetura Bioclimática se dá pelos mecanismos existentes dentro desta prática, que aproveitam fontes naturais de energia. Esses mecanismos têm como metas o aumento da recepção da luminosidade e do calor, utilização dos ventos para ventilação natural e até geração de energia, e também, a criação e melhoria de equipamentos e sistemas necessários ao uso da edificação que proporcionem captação, acumulação e aproveitamento dessas energias naturais.

A utilização de técnicas como a Arquitetura Bioclimática é vantajosa em um cenário onde a diminuição do consumo energético é cada vez mais visada. Uma construção Bioclimática é eficiente na redução da energia consumida e diminui uma parcela de contribuição dos problemas ambientais. Tendo uma harmonia com a natureza, recorre a ela para resolver parte de suas necessidades, podendo dar uma economia energética total de 50% a 80% em relação a um projeto não Bioclimático.
Existem idéias que utilizam os conceitos da Arquitetura Bioclimática para o desenvolvimento de projetos de habitação sustentável. O projeto Ecohouse Urca visa mostrar a viabilidade de idéias como essa. Aquecimento solar de água, aproveitamento da luminosidade natural e uso mais racional da iluminação artificial, além da ventilação natural e proteção térmica das fachadas e telhados estão entre os conceitos utilizados pelas arquitetas Alexandra Lichtenberg e Maria Fernanda da Silveira, responsáveis pelo projeto. Por saber que edificações urbanas, como temos hoje, são elementos poluidores quase tão grandes quanto automóveis e fábricas danificando o meio ambiente o projeto busca aliar redução na demanda de energia elétrica e diminuição da degradação do planeta.

Referência:
SOUZA, Adonis Arantes de. Arquitetura Biocimática. Laboratório de Fon tes Alternativas de Energia - LAFAE/UFRJ. Dispovível em:http://www.dee.ufrj.br/lafae